Olimpíadas

Jogo aberto no vôlei olímpico masculino

Um dos grandes templos do vôlei mundial, o Maracanãzinho será o palco de uma das disputas mais acirradas dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

O torneio olímpico masculino de vôlei no Rio de Janeiro tem tudo para ser um dos mais emocionantes e imprevisíveis de todos os tempos. Pelo menos seis seleções chegam aos Jogos Rio 2016 em igualdade de condições para alcançar o lugar mais alto do pódio na cidade carioca. Tendo como palco um dos mais emblemáticos ginásios do mundo, o Maracanãzinho, Brasil, Estados Unidos, Rússia, Polônia, Itália e França despontam como as principais forças da modalidade.  

Medalhista de ouro nos Jogos de Barcelona 1992 e Atenas 2004, e prata em Pequim 2008 e Londres 2012, o Brasil teve um ciclo olímpico marcado por altos e baixos. Apesar de o time não ter deixado a elite do esporte, a torcida tem todo o motivo para estar desconfiada. Afinal, nos últimos anos a seleção brasileira masculina de vôlei só conquistou um título, a Copa dos Campeões de 2013. Mesmo assim, o país é uma potência na modalidade e não pode ser descartado.

Jogando em casa, o time comandado pelo técnico multicampeão Bernardinho vem bem renovado, mas com alguns remanescentes de conquistas anteriores, como Murilo, Serginho, Lucão, Wallace e Bruninho. Outro destaque do time é o jovem Lucarelli. Além da presença nas últimas três finais olímpicas, o Brasil também figurou no lugar mais alto do pódio do Campeonato Mundial em 2002, 2006 e 2010. No último, em 2014, na Polônia, foi derrotado na decisão pelos donos da casa. Além do retrospecto, o Brasil contará com o apoio de uma torcida apaixonada, já que o voleibol no país perde em popularidade apenas para o futebol.

Líder do ranking mundial e cabeça de chave do Grupo A dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil estreia no dia 7 de agosto contra o México. A tabela prevê um aumento gradativo de dificuldade para a equipe, que enfrenta na sequência Canadá e Estados Unidos. Os dois últimos jogos são contra a Itália, medalhista de bronze em Londres 2012, e a França, campeã da Liga Mundial de 2015 e quarta colocada no último Mundial.

No Grupo B estão os atuais campeões mundiais, a Polônia, e olímpico, a Rússia. Pela primeira vez disputando uma edição olímpica, o Irã é a promessa de surpresa. Cuba e Argentina tentarão surpreender os favoritos. O Egito é a zebra africana.

Nota-se que a briga pelo ouro será intensa desde a fase de grupos. Por isso, não há como destacar um país muito acima dos outros. Os resultados nas últimas grandes competições internacionais comprovam este fato. Cada torneio uma teve um vencedor diferente. A Rússia é a atual campeã olímpica e a Polônia a campeã mundial. A França venceu a Liga Mundial de 2015 e é campeã europeia. Os Estados Unidos ganharam a Copa do Mundo. Já a sempre tradicional Itália, bronze em Londres 2012, há algum tempo não ganha uma grande competição, mas vem muito fortalecida com a naturalização do cubano Osmany Juantorena.

Os Estados Unidos contam com grandes definidores no ataque, como o oposto Matt Anderson e os pontas Aaron Russell e Taylor Sander. Campeões da Liga Mundial 2014, bronze na edição de 2015 e campeões da Copa do Mundo 2015, os americanos querem reviver a glória do ouro olímpico conquistado em Los Angeles 1984, Seul 1988 e Pequim 2008. Há quatro anos, tinham um bom time, mas caíram nas quartas de final para a Itália. Saiu Alan Knipe e entrou John Speraw, que estava com a seleção B, como treinador da principal. Nas apostas, serão sempre fortes candidatos ao ouro, assim como Polônia, Itália, França e o time da casa.

A Itália sempre esteve entre as grandes potências do vôlei, porém nunca conquistou um ouro olímpico – mas acumulam duas pratas, dois bronzes e desde Atlanta 1996 estão nas semifinais das Olimpíadas. Campeã mundial em 2010 e bronze em Londres 2012, é também dona de oito troféus da Liga Mundial. Em 2015, trocou de treinador. Gianlorenzo Blengini substituiu Mauro Berruto e o time subiu de produção. O novo técnico trouxe de volta Zaytsev, mas o deslocou da entrada para a saída de rede, convocou o ponteiro ítalo-cubano Osmany Juantorena, um dos mais completos do mundo, e efetivou no time o jovem levantador Simone Giannelli.

A Rússia não vem numa boa fase. Quinta no Mundial de 2014, quarta na Copa do Mundo 2015 e pior time da primeira divisão da última Liga Mundial, a Rússia pode, ao menos, animar-se com a volta do central Dmitry Muserskiy.

Surpresa dos últimos anos, a França tem um estilo de jogo veloz um sistema defensivo invejável. A principal estrela da companhia é o ponteiro Earvin N'gapeth. A base é a equipe que conquistou o Campeonato Europeu, em setembro passado. Vale mencionar os craques Jenia Grebennikov (líbero), Benjamin Toniutti (levantador) e Kevin Le Roux (central). A França jamais chegou às semifinais em suas três participações anteriores, mas nunca foi tão bem cotada nas apostas.

Eliminada nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres, a Polônia é atual campeã do mundo e da Liga Mundial de 2012. Será a nona participação – quarta consecutiva – da seleção polonesa no torneio masculino olímpico de vôlei. Os destaques do time são o ponteiro Michal Kubiak e Bartosz Kurek.

A promessa é de grandes jogos, cheios de rivalidade e algumas surpresas. Garantia de muita emoção para fãs do esporte e apostadores.

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