Olimpíadas

Tênis masculino terá duelo de titãs no Rio 2016

Em grande fase, Djokovic busca o primeiro ouro olímpico da carreira

Há alguns anos o tênis mundial é dominado por três jogadores, que já se transformaram em lendas: Novak Djokovic, Roger Federer e Rafael Nadal. Além deles, outros talentosos tenistas, como Andy Murray e Stan Wawrinka, contribuem para manter o esporte em altíssimo nível de competitividade. Por isso, o torneio masculino de simples dos Jogos Olímpicos Rio 2016 será uma disputa extremamente equilibrada e imprevisível.

Melhor jogador do mundo na atualidade, o sérvio Novak Djokovic está disposto a fazer história em 2016. Depois de conquistar os títulos dos dois primeiros Grand Slams do ano (Australian Open e Roland Garros), Djoko almeja usar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro para conquistar o Golden Slam e igualar o feito da alemã Steffi Graf, única tenista vencedora dos quatro principais torneios do mundo e do ouro olímpico no mesmo ano. O sérvio de 29 anos está, indiscutivelmente, na melhor fase da carreira, e tem tudo para alcançar esta meta e se transformar de uma vez por todas em uma lenda do tênis mundial. Mesmo sem nunca ter sido ouro em simples em Jogos Olímpicos, Djoko é sempre um favorito dos apostadores.

Enquanto Djokovic caminha a passos largos para se transformar em um dos ícones de todos os tempos da modalidade, o suíço Roger Federer já alcançou este posto há algum tempo. Com 88 títulos na carreira, o atual número 3 do ranking buscará no Rio apagar a decepção da medalha de prata conquistada quatro anos atrás, em Londres 2012. Federer, porém, já sentiu o gosto de subir no alto do pódio olímpico: em Pequim 2008 foi medalha de ouro nas duplas ao lado de Wawrinka, com quem atuará novamente no Rio. Além de repetir a dupla com o compatriota, Federer atuará junto com Martina Hingis nas duplas mistas.

Andy Murray, da Grã Bretanha, viveu um dos momentos mais inesquecíveis da carreira nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, ao se consagrar na grama sagrada de Wimbledon com o ouro olímpico, vencendo Federer na final. Atual segundo colocado do ranking mundial, Murray deixou o papel de zebra das apostas para um dos favoritos dos apostadores. É um tenista de muita regularidade, que está sempre chegando nas fases decisivas dos torneios e espera repetir a dose olímpica no Rio de Janeiro. Murray também foi prata em Londres nas duplas mistas, junto com Laura Robson. No Rio, Andy também terá a chance de jogar ao lado do irmão Bryan, atual líder do ranking de duplas. Nascido na Escócia, o tenista de 29 anos possui 37 títulos na carreira, entre eles dois Grand Slams (Wimbledon 2013 e US Open 2012). Neste ano já conquistou dois troféus, o de Queens, em Londres e o Masters 1000 de Roma.

Campeão olímpico do torneio de simples em Pequim 2008 e um dos mais vitoriosos tenistas de todos os tempos, o espanhol Rafael Nadal chegará ao Rio repleto de desconfianças. Atualmente na quarta colocação do ranking mundial, Nadal atravessa um período de muitas lesões. A última, no punho, o fez abandonar o campeonato que mais gosta de jogar, Roland Garros, em abril. Foi no saibro de Paris que Nadal atingiu as maiores glórias da carreira, ao levantar por nove vezes o tradicional troféu do Grand Slam francês. A contusão também o tirou de Wimbledon, entre junho e julho. Apesar de não estar entre os favoritos, Nadal nunca pode ser descartado, tanto pela qualidade de seu jogo quanto pela raça com que disputa cada ponto. Nadal terá ainda um incentivo especial no Rio 2016: ele será o porta-bandeira da Espanha na Cerimônia de Abertura, no dia 5 de agosto. Em 2016, Nadal já conquistou dois importantes títulos: o Masters 1000 de Monte Carlo e o ATP de Barcelona, ambos no saibro.   

Outros grandes tenistas correm por fora em busca do ouro. Stan Wawrinka, da Suíça, Kei Nishikori, do Japão, Tsonga e Gasquet, da França, Tomas Berdych, da República Checa, e o canadense Raonic. O torneio de tênis no Rio de Janeiro será disputado em quadra dura. 

Diferentemente dos últimos Jogos Olímpicos, em Londres 2012, o torneio no Rio de Janeiro não valerá pontos para o ranking mundial da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Com isso, alguns jogadores que estão entre os 20 melhores do mundo decidiram priorizar outras competições e não disputarão os Jogos Olímpicos, entre eles o americano John Isner, o austríaco Dominic Thiem, o espanhol Feliciano Lopez e o australiano Bernard Tomic.

Nas duplas, além dos jogadores de simples, alguns especialistas entram como favoritos. Entre eles os americanos Bob e Mike Bryan, os franceses Mahut e Herbert e os brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares. 

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