Thominhas lidera seu primeiro card no UFC com chance de ganhar vaga por cinturão

O UFC Fight Night 88, marcado para o próximo sábado (29), na cidade de Las Vegas (EUA), é de grande importância para o MMA brasileiro. Será neste card que Thomas Almeida, um dos principais nomes da nova geração de atletas nacionais do esporte, atuará pela primeira vez em um main event no Ultimate, quando medirá forças contra o americano Cody Garbrandt. Além de Thominhas, o ex-campeão Renan Barão também terá uma difícil missão pela frente ao enfrentar Jeremy Stephens.

Com apenas 24 anos e membro da Chute Boxe/São Paulo, Almeida carrega consigo o ótimo retrospecto de 21 vitórias e nenhuma derrota na carreira profissional. Somado a isso, nas quatro lutas que fez no Ultimate, Thominhas levou quatro bônus em dinheiro por suas performances –a última delas em novembro de 2015, quando nocauteou Anthony Birchak em pouco mais de quatro minutos de duelo.

Atual número sete na divisão dos galos (61 kg), o paulista possui uma trocação afiadíssima. O muay thai é sua especialidade e ele conquistou 16 das 21 vitórias por nocaute, algo incomum para uma divisão de peso tão leve. Caso consiga o triunfo diante de Garbrandt, Thominhas tem tudo para ficar muito próximo de disputar o cinturão da categoria, que hoje pertence a Dominick Cruz. Entretanto, sua tarefa está longe de poder ser considerada fácil.

Assim como Thomas Almeida, Cody Garbrandt é parte integrante da nova geração do MMA. Também com 24 anos, o americano segue os passos do seu oponente no quesito invencibilidade, apesar de um número bem menor de combates realizados na carreira (oito vitórias e nenhum revés). Na última vez em que subiu no octógono, em fevereiro deste ano, o membro da Team Aplha Male nocauteou o brasileiro Augusto Tanquinho ainda no primeiro round da luta.

Aliás, esse é um dos fatores que faz com que Thominhas (1.62, segundo o site Bet365) não seja considerado tão favorito diante de Garbrandt (2.30). Assim como o brasileiro, o americano é ótimo na trocação e conquistou sete dos seus oito triunfos através de nocautes. Ou seja, a promessa é de que a luta se mantenha em pé o máximo de tempo possível e, neste caso, a melhor mão (ou pé) no dia pode fazer a diferença.

Um novo Barão em Vegas

No segundo duelo mais aguardado da noite também haverá a presença verde e amarela no octógono. Voltando a atuar após quase um ano parado desde que perdeu pela segunda vez para TJ Dillashaw, então campeão dos galos, o atleta da Nova União fará a sua estreia na divisão de cima, a dos penas (66 kg). E, para se ter uma ideia do tamanho da moral que o potiguar tem, logo de cara ele terá pela frente o duro Jeremy Stephens, atual nono colocado da categoria.

A mudança de Barão ocorreu por conta da sua enorme dificuldade e esforço para atingir os 61 kg da divisão dos galos. O ex-campeão chegou até a desmaiar e ser encaminhado ao hospital durante o corte de peso para uma das lutas com TJ Dillashaw. Mas, apesar de enfrentar um adversário de renome e estar estreando na nova categoria, Renan Barão (1.58) é considerado favorito diante de Stephens (2.40). E é simples explicar esse favoritismo.

Aos 29 anos, o americano atravessa um dos piores momentos de sua carreira. Nas últimas quatro lutas, Stephens venceu apenas Dennis Bermudez (foi derrotado por Cub Swanson, Charles Do Bronx e Max Hollaway). Barão tentará fazer uso disso para estrear com o pé direito na categoria que tem como campeão Conor McGregor e, possivelmente, já figurar entre os dez melhores no ranking do Ultimate.

Mais Brasil no octógono

Além de Thominhas e Barão, outro brasileiro estará em Vegas. Trata-se de Vitor Miranda, ex-finalista do TUF Brasil 3. E, assim como os outros representantes do país na noite, Vitinho(1.44) é considerado favorito diante do americano Chris Camozzi (2.87). O duelo será válido pela divisão dos médios (84 kg) e está programado para acontecer na terceira luta do card principal.

Natural de Joinville, Vitor Miranda perdeu a final do TUF para Antônio Cara de Sapato, mas depois disso engatou uma sequência de três vitórias seguidas. A última delas ocorreu em março deste ano, quando nocauteou Marcelo Guimarães no segundo round do UFC 196. Oriundo do kickboxing, o brasileiro tem 12 dos seus 16 triunfos conquistados por nocaute – no Ultimate as três vitórias vieram dessa forma. Seu oponente, por sua vez, está na terceira passagem pelo maior torneio de MMA do mundo e, apesar de somar duas vitórias seguidas, possui um desempenho ruim diante de brasileiros (perdeu quatro e venceu duas).

Para ficar de olho

Nem só de brasileiros se vive o UFC Fight Night 88. E é por isso que vale ficar atento ao segundo combate da noite, entre Aljamain Sterling (1.22) e Bryan Caraway (4.50). O primeiro, assim como Thominhas, é uma das apostas do Ultimate para o futuro da divisão dos galos, mas o segundo está longe de ser uma parada fácil. Ainda assim, o jogo completo e a juventude de Sterling devem pesar diante do namorado de Miesha Tate.

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