Argentina na Copa do Mundo

A Argentina já está planejando uma grande festa caso não ganhe a próxima Copa do Mundo na Rússia: a seleção principal completará 25 anos sem nenhum título… Bodas de prata! Brincadeiras à parte, é inegável que essa geração atual chega ao fim de um ciclo precisando demais dessa afirmação para não ficar taxada como ‘fracassada’ - assim como todas as anteriores que sucederam a era de Diego Maradona. Será que a redenção pode acontecer em solo russo?

Até de forma surpreendente, as casas de aposta colocam os Hermanos entre os principais candidatos ao título. Pelo o que esse time NÃO vem mostrando em campo, estar apenas atrás de Brasil, Alemanha, França e Espanha na lista chega a ser bizarro! Certamente o pessoal de Las Vegas está levando em conta muito mais os talentos individuais e a campanha no último Mundial do que os resultados pífios dos últimos anos.

 Sim, os Hermanos chegaram na finalíssima na última edição, mas aquele time aplicado defensivamente e que quase não levava gols não existe mais. Após o torneio no Brasil, foram três trocas de treinador e um queda gigantesca de rendimento - um ‘catadão’ de jogadores e sem qualquer cara de time. Sampaoli segue muito questionado e as polêmicas na convocação colocam ainda mais lenha a fogueira. Será que o comandante finalmente conseguirá dar um padrão para os nossos vizinhos?

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Parece que faz muito mais tempo, mas há quatro anos a Argentina estava a uma vitória do título do Mundial. Aquele time brilhante defensivamente não existe mais - apenas sete jogadores daquele elenco vão viajar até a Rússia: Rojo, Biglia, Mascherano, Di Maria, Higuaín, Aguero e Messi - o maior sintoma do fim de uma geração.

Após a queda na final, Alejandro Sabella foi mandado embora e Tata Martino assumiu com status de ter treinado o Barcelona. Bastou dois vices na Copa América e um começo bem ruim nas Eliminatórias para ele ser substituído por Edgardo Bauza. Com uma breve e péssima passagem, não demorou para a AFA trocá-lo por Jorge Sampaoli - técnico com muito sucesso com a seleção do Chile.

Ele chegou com pompas de salvador da pátria, mas não conseguiu implementar sua filosofia de jogo até o momento. O time correu sério risco de não se classificar ao Mundial e garantiu a vaga na última rodada! Ainda tentando diferentes formações, variando de dois ou três zagueiros, a Argentina caiu para a Nigéria por 4 a 2 e foi humilhada pela Espanha por 6 a 1 - ambos os jogos sem Messi. Será que o panorama pode mudar até a Copa do Mundo? Pela incerteza, investir nos Hermanos neste momento não é a melhor das pedidas.

Um conselho de amigo: evite apostar em quais seleções podem avançar no Grupo D - considerado por mim e por muitos como o ‘grupo da morte’ na Copa do Mundo. Não é exagero nenhum dizer que as quatro equipes podem ficar em primeiro! Portanto, apostar na Argentina vencendo o grupo pagando apenas R$1,52 para 1 é um dos piores investimentos que pode fazer.

A estreia no Mundial será muito mais difícil do que todos estão esperando: a Islândia é um time muito bem estruturado e tem totais condições de bater os argentinos na aplicação tática e nos pés de Gylfi Sigurdsson. Caso a vitória não venha, o segundo jogo contra a Croácia, em teoria a segunda força do grupo, passa a ser de vida ou morte. Depois, fecha a participação contra uma Nigéria que venceu os Hermanos por 4 a 2 há alguns meses em solo russo. A missão para Messi e companhia não é, de longe, das mais fáceis.

Depois de tudo que foi explicado acima, não é nenhuma loucura aconselhar a aposta de que a Argentina não passará da fase de grupos - os valores aparecem bastante atrativos girando em torno de R$5,50 para 1.

Agora, se você acha que os Hermanos devem avançar no Mundial, uma pedida decente é investir em Argentina e Croácia se classificando, independente da ordem, pagando R$1,72 para 1.

Não podia ser diferente… Como não olhar com carinho o desempenho de um dos maiores jogadores de todos os tempos? Mesmo apresentando um desempenho abaixo na seleção comparado ao Barcelona, o talento de Messi é tão grande que, mesmo em um dia ruim, ele consegue decidir jogos em apenas uma bola.

Portanto, não é nenhuma surpresa que ele seja o grande favorito nas casas de aposta - tanto para ser o artilheiro como para a Bola de Ouro de melhor jogador do torneio: ambas as apostas pagam R$9,50 para cada real investido.

A campanha da Argentina nas Eliminatórias foi tão dramática quanto os tangos de Carlos Gardel: o time chegou a ficar de fora da zona de classificação por várias rodadas e conseguiu carimbar o passaporte apenas na última e decisiva rodada.

Para se ter uma ideia, se o time não vence o Equador, em Quito, no último compromisso, estaria fora até da repescagem! Foram sete vitórias, sete empates e quatro derrotas em 18 jogos disputados - com apenas 19 gols marcados.

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