Acontecem amanhã as eleições nos Estados Unidos da América. Maior economia do mundo e dona das mais poderosas forças armadas, é espantosa a influência da nação americana no resto do planeta, de ocidente a oriente e de norte a sul. Mandam e desmandam guerras, metem o dedo nos acontecimentos mais importantes da história, buscam sempre reger as leis do mercado internacional e fortalecer sua economia, enquanto sustentam a imagem de “libertadores”. Agora, essa realidade é mais evidente do que nunca, e o resultado que veremos amanhã pode incendiar as relações ao redor do globo.
Você, cidadão brasileiro, talvez não possa votar nas eleições americanas. Porém, também pode participar, e até ganhar algum dinheiro com isso! Escolha agora seu candidato favorito.
Donald Trump, Partido Republicano
Os dois candidatos são patriotas, mas Donald Trump eleva o significado de nacionalismo exagerado a um novo patamar. Entre suas declarações mais polêmicas, ele sobre os mexicanos que ilegalmente atravessam a fronteira para os EUA: “Eles trazem drogas e crime, são estupradores.” Uma de suas propostas é construir uma muralha entre os dois países, para impedir a imigração. Uma obra como essas é quase impossível, mas a proposta serve para dar uma ideia da posição do candidato em relação aos imigrantes ilegais. Além disso, ele defende que os muçulmanos sejam impedidos de entrar no país. Apesar de propostas repletas de ódio e xenofobia, Trump é valorizado justamente por dizer o que muitos americanos apenas pensam. Talvez por isso seja o mais popular no Twitter — possui 13 milhões de seguidores, contra 10 milhões de Hillary.
É claro que não apenas de propostas surreais é composta a campanha de Trump. Sendo ele um grande empresário do ramo hoteleiro e de cassinos — presidente da Trump Organization —, tem como prioridade o crescimento econômico do país. Para isso, pretende investir em infraestrutura, privatizar a segurança social e diminuir os impostos das empresas, visando a geração de empregos.
Hillary Clinton, Partido Democrata
Muitos eleitores consideram Trump um tanto quanto insano e optam por uma aposta mais cautelosa: Hillary Clinton, sucessora natural e colega de partido do atual presidente Barack Obama. Engana-se quem pensa que o maior cargo público da candidata foi como Primeira Dama, ao lado do ex-presidente Bill Clinton. Hillary tem oito anos de atuação em cargos públicos. Foi Senadora e, mais recentemente, Secretária de Estado, em contraste com a carreira pública de Trump, que é nula. Sua proposta é continuar o trabalho do antescessor, promovendo igualdade social entre os americanos. Ou seja, elevar os impostos dos mais ricos, a fim de oferecer acesso universal à saúde e facilitar o ingresso dos mais humildes na educação superior. Além disso, adianta que o país poderá receber mais refugiados de países que sofrem com a guerra.
Hillary tem uma visão de mundo mais liberal do que o adversário. Defende que a decisão em relação ao aborto deve estar nas mãos da mulher, e que o Governo Federal deve contribuir financeiramente no caso de procedimentos envolvendo mulheres que sofreram abuso sexual em zonas de guerra. Além disso, discursa que o país ainda enfrenta muita discriminação baseada em origem e etnia, e que, por exemplo, policiais ainda suspeitam dos cidadãos com base em cor de pele. Ela pretende lutar contra esse tipo de preconceito. Acredita que as leis deveriam assegurar que o quadro de empregados das empresas contemplassem as minorias, e que deveria ser feito um melhor trabalho de reabilitação de infratores à sociedade.
Quem vai vencer as eleições?
Desde o início das eleições primárias — quando os candidatos ainda batalhavam pela pré-candidatura dentro dos partidos — Hillary Cliton é a favorita. E seu favoritismo cresceu, tanto nas pesquisas quanto nas casas de apostas, a cada debate e a cada nova declaração polêmica saída dos lábios de Donald Trump. No entanto, campanhas políticas são sempre cheias de acusações que podem virar a mesa. Na última semana de campanha, o FBI voltou a investigar o e-mail privado de Hillary, através do qual ela teria enviado mensagens confidenciais enquanto ainda era Secretária de Estado. E as investigações impactaram nas pesquisas de intenção de voto. Ela continua liderando, mas há quem diga que a disputa está de igual para igual.
Ao fazer sua aposta política, lembre-se: nos EUA, o voto não é obrigatório. Então, além de levar em consideração qual candidato é mais bem-recebido, é importante também se atentar para qual deles tem a capacidade de mobilizar a população e levá-la às urnas. Além disso, lembre-se de que apenas os cidadãos votam — o que, obviamente, exclui os imigrantes que não tenham conquistado o status de cidadãos, mesmo que sua situação no país seja legal.
Quanto a vitória paga
O lucro que você pode obter depende do valor que apostar. Para cara R$ 1 investido nas casas de apostas, o retorno que obterá caso acerte o vencedor (também chamado de “odds” ou “cotações”) é o seguinte:
Próximo presidente dos Estados Unidos da América
Odds em 7 de novembro, de acordo com o Sportsbook
Candidato | Partido | Odds |
---|---|---|
Hillary Clinton | Partido Democrata | R$ 1,18 |
Donald Trump | Partido Republicano | R$ 4,75 |
Outro | Outros | R$ 101,00 |
As eleições americanas acontecem no dia 8 de novembro de 2016.